A família vem percebendo as mudanças de comportamento do filho, ou
simplesmente não aguenta mais certas manifestações do
marido ou pai, manifestações estas que no início
era até engraçado, uma bebedeira, uma pequena confusão, uma
discussão …, mas depois de um tempo (as vezes, muito tempo):
Mentiras; Manipulação; Agressividade dentro de casa;
Sumiço de objetos; Comunicação com muitas brigas;
Desaparecimento por horas e até dias deixando a família muito
preocupada; Confusões e brigas na rua; Problemas com a
justiça.
Tentaram conversar, sem sucesso. Ele sempre negava ajuda e acabava convencendo um
ou outro membro da família que sairia desta situação
sozinho ou que doentes eram vocês e não ele. Em algumas
situações ocorreram até ameaças aos avós,
esposa, aos pais ou aos irmãos para obter o que ele queria (dinheiro,
coisas, carro).
A demora de tomada de decisão para uma internação se
dá principalmente pela família se sentir culpada pela
situação, muitas vezes com vergonha por ter alguém na
família
usando drogas ou um alcóolatra. Tentam “não ver” e
tentam “esconder” o que todos já perceberam.
É comum o Dependente Químico minimizar seu problema dizendo frases
do tipo:
“Só fumo maconha, e de vez em quando!”
“Não era meu, só tô guardando pro meu amigo”
“É natural”
“Só bebo socialmente”
“Paro na hora que quiser”
Ou, quando ele sente que as pessoas já estão apertando demais e
percebe que não consegue mais esconder, chega com a cara de mau e
não conversa com ninguém. Bate a porta do quarto. Come
sozinho. Troca a noite pelo dia. Campeão de obras inacabadas, ou seja,
inicia um monte de cursos, projetos, empregos e nada dura. E não termina
nada que começa.
Então, resta a saída da chamada “desonestidade
honesta”: Ele confessa, pede ajuda, só um empurrãozinho,
chora e promete, promete, promete …. e não cumpre. Não por
ser má pessoa, simplesmente por que não consegue. A Droga, o
álcool, a compulsão pelo uso é mais forte que ele. Ele
precisa de ajuda e precisa que alguém tome a iniciativa. É
neste momento que a família decide a internação e para isto
pode chamar o serviço de remoção involuntária.
O Paciente que está sob o uso abusivo de Drogas e ou Álcool
colocando sua vida em risco e a de Terceiros e não consegue interromper o
uso de Sustâncias Psicoativas e nem consegue ver a necessidade
de se tratar , necessita que os seus entes-queridos, intercedam por ele buscando
ajuda Profissional e especializada ou seja, removendo o para
internação em Clínica Involuntária, sob garantia
prevista na Lei: 10.216 de 06 de Abril de 2001. Sabemos como a Família
nestes casos se encontra extremamente fragilizada e insegura, com a
decisão de remover seu ente-querido para internação
involuntária, porém esta é a decisão mais sensata a
tomar, já que as Drogas e o Álcool, na maioria dos casos
não permite que ele por si só, peça ajuda
especializada. Fazemos com que a Remoção Especializada seja feita
dentro de um protocolo a qual o Paciente não se machuque ou crie trauma
psicológico, desde o momento de buscá-lo em loco,
até o instante que ele adere ao tratamento na Clínica
especializada em tratamento involuntário.